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Channel: As meninas que leem livros
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{Resenha} Por Isso a Gente Acabou

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Título Original: Why We Broke Up
Autor: Daniel Handler
Ilustrações: Maira Kalman
Editora: Seguinte
Sinopse: Por isso a gente acabou trata, com a comicidade típica do autor, de uma situação difícil pela qual todos um dia irão passar: o fim de uma relação amorosa e toda a angústia, tristeza e incerteza que essa vivência pode gerar. Min Green e Ed Slarteron estudam na mesma escola e, depois de apenas algumas semanas de convívio intenso e apaixonado, acabam o namoro.
Depois de sofrer muito, Min resolve, como marco da ruptura definitiva, entregar ao garoto uma caixa repleta de objetos significativos para o casal junto com uma carta falando sobre cada um desses objetos e do episódio que ele representou, sempre acrescentando, ao final, uma nova razão para o rompimento. Essa carta é o texto de Por isso a gente acabou, que é, assim, carregado de um tom informal e tragicômico - características da personagem - e traduz com um misto de simplicidade e profundidade a história de uma separação.
Imerso neste universo adolescente, o leitor conhecerá a divertida personalidade de Min, uma garota apaixonada por filmes cujo sonho é ser diretora de cinema, e as idas e vindas deste romance, desde o dia em que os dois conversaram pela primeira vez até o instante em que tudo acabou. A artista Maira Kalman, autora de diversas capas da revista The New Yorker, ilustrou cada um dos objetos da narrativa, trazendo cor e descontração a esta história dolorida.

Esse é um daqueles livros que se pode acabar em um dia, de tão gostosa que a história decorre. Eu demorei um tempinho para ler, mas sempre que pegava ele, iam cem páginas.

Minerva ou Min, como prefere ser chamada, é uma amante do cinema antigo, sonha em ser diretora de cinema, e essa protagonista nos conta os motivos de ter terminado um namoro com o cara mais famoso do colégio, Ed Slaterton.

O livro é narrado em primeira pessoa, na forma de uma carta escrita por Min para seu ex. Começa com uma caixa cheia de presentes que ela ganhou de Ed, e cada um dos presentes são aos poucos descrito como um dos motivos.

Conhecemos a história do casal desde a primeira vez que se conheceram em uma festa de aniversário de Al, o melhor amigo de Min (e meu personagem favorito). Conforme a história decorre, mais e mais motivos vão se juntando, vamos percebendo como a relação vai fazendo com que a protagonista mude sua vida para encaixar nos gostos de seu namorado e como ela escreve com pesar cada palavra para ele. São diferentes demais um do outro.

Percebe-se que Ed é um babaca, é o clichê de cada escola nos EUA, o cocapitão de um time de basquete, teve várias e várias namoradas, e com Min, ele jura que será diferente, que ele gosta do jeito dela, ela é diferente, “das artes”.
“ _ O.k.., por isso que eu trouxe café.  _ Eu não tomo café. [...] Nunca fui chegado _ Chegado? Você já tomou café? _ Não _ Você enfim disse _ Quer dizer, não muito. Sim, já tomei uns goles. Já provei. Mas eu sempre, tipo, eu nunca gostei, então quando todo mundo está tomando eu... [...] Eu jogo fora._ Então prova. Creme extra, três colheres de açúcar, do meu jeito. _ O quê? Não. Tem que ser preto [...] Se não for preto, é para menina ou gay.”
Ed chega a ser irritante sempre, quase o tempo todo, com pequenas exceções. Mas ele disse que a ama, e ela, pobrezinha, sente o mesmo.

O impressionante mesmo o motivo final o qual levou ao término, ainda clichê dos caras imaturos de ensino médio, mas não deixa de ser surpreendente. Sério. Não vou falar, vocês precisam ler, sério.
Em algumas partes a narração das conversas entre os personagens fica um pouco confusa, às vezes é difícil saber quem é quem.

As ilustrações ocupam algumas páginas, o que contribui para o livro ficar menor e ainda sim divertido.

Mencionei que “Daniel Handler” é um pseudônimo do Lemony Snicket? O moço sabe muito bem entreter as pessoas na leitura.

O que me agradou é que não foi um romance clichê que, nossa senhora, estou cansada de ler. É uma perspectiva muito interessante de romance. Além de dar dicas de diversos filmes, e eu adoro um filme antigão.

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