Título Original: Paper Princess
Série: The Royals #1
Autora: Erin Watt
Editora: Essência
Sinopse: O primeiro livro da série The Royals, a nova sensação new adult dos EUA. Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. É quando aparece Callum Royal, amigo do pai, que promete tirá-la da pobreza. A oferta parece tentadora: uma boa mesada, uma promessa de herança, uma nova vida na mansão dos Royal, onde passará a conviver com os cinco filhos de Callum. Ao chegar ao novo lar, Ella descobre que cada garoto Royal é mais atraente que o outro – e que todos a odeiam com todas as forças. Especialmente Reed, o mais sedutor, e também aquele capaz de baixar na escola o “decreto Royal” – basta uma palavra dele e a vida social da garota estará estilhaçada pelos próximos anos. Reed não a quer ali. Ele diz que ela não pertence ao mundo dos Royal. E ele pode estar certo.
“A minha vida é minha. Eu a vivo. Eu a controlo. ”
Desde que vi a capa desse livro, eu quis lê-lo. A sinopse não é muito o que me faria lê-lo, mas li resenhas positivas, então me vi com vontade de conhecer Ella e os Royal.
Ella é uma menina que, apesar da presença da mãe em sua vida, aprendeu a viver sozinha, por si mesma. A mãe era uma daquelas mulheres que acreditava que o amanhã poderia ser melhor, mesmo ralando como dançarina de strip-club, garçonete e o que mais aparecesse que poderia garantir a elas um teto, temporariamente. Sim, pois com a vida que levava, conheceu muitos homens e nem todos eram bons. Se é que algum dos bons fez parte da vida dela. Então desde muito pequena, Ella aprendeu a lidar com as merdas que a vida jogavam em seu ventilador.
A sinopse transformou sua mãe numa “mulher instável e problemática”, mas não sei se concordo. Não vemos muito dela, obviamente, a não ser as descrições de Ella. E tudo o que ela sempre aponta é como a mãe fez das tripas coração para criar a filha, apesar de toda porcaria que tiveram que enfrentar. Não conhecemos avós, nem outros parentes de Ella, eram apenas as duas na vida, sem ninguém para apoiá-las. Para completar todo o drama da vida da menina de 17 anos (marquem bem essa idade), a mãe morreu e elas não possuem nada... Então a jovem assume a identidade da mãe e também seu trabalho, pois precisa manter seu aluguel e ser capaz de continuar seus estudos até a faculdade.
Já é drama o suficiente para uma vida inteira, mas... A vida é uma caixinha de surpresas! Em um dia comum na escola, acaba por conhecer Callum Royal, um pai de família que era amigo de seu pai, o pai que ela nunca conheceu e que nem desejava tomar ciência, vem lhe buscar e lhe promete um tanto de coisas.
É claro que ele não poderia ser uma pessoa normal... É um multimilionário.
“Alguns adolescentes sonham em viajar pelo mundo, ter carros velozes, casas grandes. Eu? Eu quero ter meu apartamento, uma geladeira cheia de comida e um emprego estável que pague bem, de preferência tão empolgante quanto esperar cola secar.”
Podemos perceber que, de início, ela não quer estar ali. Mas se acostuma com a vida nova rapidamente, quem não se acostumaria. É claro que tem um obstáculo: os filhos de Callum. Já sabiam de sua profissão e a tomam como uma prostituta qualquer. É aí que entramos no negócio da idade.
Sabemos que o filho mais velho, Gideon, entrou no ano corrente na faculdade. Os outros 4, não sabemos ao certo suas idades. São eles Reed, Easton e os gêmeos Sawyer e Sebastian. Seus comportamentos são completamente adultos, inclusive sexual. Sei que devo ser meio antiquada, mas na minha época não se fazia sexo antes dos 17 não... E isso é corrente no livro! O pai faz sexo com a namorada quase na frente dos filhos! Tipo: COMASSIM?! Não recomendo esse livro para menores de 18, não...
Mas vamos lá. Para além do comportamento sexual exacerbado, os meninos são arrogantes, metidos, acham que só porque são ricos, o mundo lhes deve obediência. E na escola é bem assim, todos respeitam suas ordens, de Reed em especial que parece ser o mandante da “máfia Royal”. Nenhum deles respeita o pai (e depois de vê-lo com a namorada Brooke já imaginamos né...), por causa do passado: Callum era um workahoolic e não estava por perto quando alguém importante da família morreu. Ele ainda se culpa e os filhos também o culpam e a família degringolou aí.
Todos os meninos apresentam comportamentos muito adultos para a idade deles, Ella incluída nisso... Mas ela podemos entender, pois teve que amadurecer pelas suas situações de vida. Agora os meninos Royal... Não sei, viu. Via-os com muito mais de 17~19 anos... Beeeem mais. E o pai eu via como bem mais jovem do que a descrição dele!
Enfim, Ella vai conquistando seu espaço na família e também o coração dos irmãos. Ela consegue fazer pelo menos uma amiga na escola, que se torna sua fiel escudeira – acho que foi a melhor personagem do livro!
O final foi meio nonsense para mim, não sei... Preciso ler o segundo livro da série para entender melhor o que aconteceu ali, quando as coisas começavam a entrar nos eixos para os Royal...
É um mundo que não compreendo e que não é a minha realidade... Acredito que deva ser para uma pequena parcela de pessoas no mundo, aquelas 8 pessoas mais ricas do mundo e suas famílias... Não sei como me senti lendo o livro, sei que o devorei rapidamente porque os capítulos terminam de maneira empolgante, de modo que você simplesmente não conseguiria parar ali.
A escrita das autoras é muito boa, te prende fácil, fácil (assim como pegar um dos Royal, huahuahuha!). Dá para se divertir, se você ignorar as idades e imaginar que estão na faculdade e não no ensino médio/fundamental. Ella é uma boa protagonista, serve bem o papel de mocinha não tão em perigo, pois não leva desaforo para casa e sabe se virar sozinha.
A diagramação é simples, mas a capa é muito bonita: a coroa em dourado metálico é um charme só, reproduzida de modo mais simples no início de cada capítulo. As folhas são amareladas e porosas, o que facilita bastante virar a página, gostei bastante!
Se você procura um romance hot carregado com drama, esse pode te divertir por umas boas horas – que é tudo o que você levará para terminar as 364 páginas do livro, de tão ansiosa que os Royal te deixam!
~Recebido em parceria com a Editora Planeta de Livros Brasil~