Título original: A thousand boy kisses
Autora: Tillie Cole
Editora: Planeta – Outro Planeta
Sinopse: Um beijo dura um instante. Mas mil beijos podem durar uma vida inteira. Um garoto. Uma garota. Um vínculo que é definido num momento e se prolonga por uma década. Um vínculo que nem o tempo nem a distância podem romper. Um vínculo que vai durar para sempre. Ao menos era o que eles imaginavam. Quando, aos dezessete anos, Rune Kristiansen retorna da Noruega para o lugar onde passou a infância – a cidade americana de Blossom Grove, na Geórgia –, ele só tem uma coisa em mente: reencontrar Poppy Litchfield, a garota que era sua cara-metade e que tinha prometido esperar fielmente por seu retorno. E ele quer descobrir por que, nos dois anos em que esteve fora, ela o deletou de sua vida sem dar nenhuma explicação.
||Editora Planeta||Skoob||
Poppy Lichtfield é uma criaturinha peculiar. Com cinco anos de idade já mostrava sinais de independência e desejos próprios, todo um modo peculiar de se vestir e de ver o mundo. Provavelmente uma alma antiga em um corpo de criança, como se costuma dizer de pessoas... peculiares.
Rune Kristiansen é uma criança quieta e turrona, de opiniões fortes e sincero. Sabe-se que ele tem rompantes de raiva e não se dá bem com todo mundo. Mas as coisas mudam quando ele conhece Poppy, aos cinco anos de idade após mudar-se para os EUA.
Depois disso, foi impossível verem-nos muito tempo um longe do outro. Poppy cresceu como uma garota delicada, sonhadora e peculiar. Rune cresceu como um dos garotos mais bonitos e desejados da escola.
Poppy teve a missão de carregar a tradição de sua avó, em uma grande aventura: um pote de vidro com mil corações de papel dentro, onde ela deveria colocar cada beijo que fizesse seu coração quase explodir. E Rune tomou aquilo também como uma missão: não queria que ninguém mais tivesse os beijos de Poppy, só ele.
Porém, uma força maior o faz ter que voltar para a Noruega e deixar seu grande amor. Poucos meses depois, Poppy não faz mais nenhum contato... Durante alguns anos, eles não se falam e isso o deixa com muita raiva de sua família. O Bad boy realmente se tornou “bad”. Huahuahua!
Ao voltar para os EUA, eles se reencontram... Mas as coisas já não são mais como eram antes. Um não pertence ao outro, então estão livres para viverem como querem. Rune quer entender o que aconteceu, mas não tem coragem de perguntar ao seu amor de infância porque ela simplesmente deixou de se comunicar com ele. E Poppy não quer jogar em cima dele todo o peso de sua vida e o que está acontecendo com ela.
O livro é uma bomba emocional para quem gosta do gênero, sabe? É delicado e mostra como o amor pode mover duas pessoas na direção uma da outra e como existem circunstâncias que podem destruí-lo... Ou fortificá-lo.
Poppy é aquele tipo de personagem feliz, bem Polliana mesmo. Nada abala sua felicidade e vive apenas para fazer os outros ao seu redor contentes e privá-los de sua dor, guardando-a apenas para si, fazendo-os acreditar que ela é muito forte. Eu a chamo de peculiar apenas pelo seu modo de se vestir ou seus gostos, que divergem dos seus amigos e outros adolescentes que a rodeiam. Mas na verdade é alguém que foi mantida em um mundo quentinho e confortável durante toda a vida, numa pequena bolha de segurança criada por seus pais e amigos. E mesmo no fim, ela permanece nessa bolha... Não acho que seja errado devido as circunstâncias, mas ainda assim... Anyway.
Rune se torna um personagem intragável em alguns momentos. Especialmente no que compete ao seu relacionamento com sua família e talz. E acho que isso é o que me fez não gostar tanto desse livro. A história é sobre seu amor e o de Poppy... Mas essa é uma história daquelas em que tudo acontece e gira em torno do rapaz. Definitivamente não passaria no teste de Bechdel.
Poppy existe para ficar ao redor de Rune. Para evoluí-lo como ser humano e apresentá-lo ao mundo. Mesmo quando ele faz coisas para ela, quando dedica seu tempo a ela e planeja as coisas, é para mostrar o quanto ele é bom. Não sei se todos que leram tiveram essa mesma impressão que eu, mas sou muito crítica com tudo o que leio, pois são coisas que entram em nosso inconsciente/consciente e alteram nosso modo de pensar e, porque não, nosso modo de ver o mundo. Se uma pessoa muito romântica e sem uma personalidade formada lê algo assim, pode acreditar que é esse o amor que deve desejar e talz... Viver ao redor de alguém e que todo aspecto de sua vida deve ser direcionado desse alguém.
A estória contada é bonita? Claro. Afinal, é uma estória de amor, de encontro e reencontro. Os dois são muito jovens para se apaixonar assim? Acredito que sim, pois sigo a linha do “criança não namora”. Se a história se passasse com adultos, ou pelo menos tudo tivesse começado com os dois mais velhos, acho que seria um pouco melhor... Mas é o que temos, duas crianças rodeadas pelo amor romântico.
Sempre fiquei curiosa para ler esse livro, embora o gênero não seja o que mais me atrai. Li resenhas positivas e talz que me atraíram para ele, então decidi pagar para ver. Não gostei muito pelas coisas que já citei, mas acredito que seja bem atrativo para moças mais jovens... Talvez se eu lesse em outro momento de minha vida, eu teria uma opinião diferente... Mas acho que minha crítica tá afiada demais, bem como minhas opiniões acerca de muita coisa, haha!
Mas assim... Como eu disse, essa é a minha opinião. Vi muita gente que gostou, os personagens não são ruins... Cumprem bem seus papéis, tem algumas coisas e pontos bem legais – como o apoio incondicional de ambas as famílias – e outras nem tanto, mas acredito que você irá lê-lo rapidamente, pois a escrita da autora é boa e te prende bastante. Você acaba querendo chegar ao final logo para saber se as coisas podem ser diferentes do que está imaginando.
Enfim... É uma leitura agradável para distrair a cabeça, bem rápida de se fazer!
Você já leu esse livro? Deixe nos comentários a sua opinião sobre ele! Vamos conversar, huahuahuh!
Ah, a autora criou uma playlist no Spotify para você acompanhar a leitura do livro! Escute aqui!