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Channel: As meninas que leem livros
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{Resenha} Henry, o Corgi da Rainha

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Título Original: Henry, The Queen’s Corgi
Autor: George Crawley
Editora: Gutenberg
Sinopse: Neste Natal, tudo pode acontecer…
Quando seu corgi de estimação desaparece em um passeio a Londres, a família Walker o procura em todos os lugares, menos onde nunca poderiam imaginar.
O pequeno cão foi confundido com um corgi real pela Guarda da Rainha e está vivendo no Palácio de Buckingham, recebendo tratamento especial, dormindo em uma cesta aconchegante e tem até um chefe de cozinha preparando suas deliciosas refeições. E se esta é a vida de um cão da realeza, ele não se importa nem um pouco, apenas aproveita todas as regalias de uma vida tão diferente da sua.
Mas quando o espírito natalino toma conta do Palácio, Henry percebe que, de alguma forma, precisa voltar para os Walker. Afinal, estar com seus amados donos seria seu melhor presente de Natal!

“Sério! Onde os humanos estariam sem nós, os cães, para resolver suas vidas de tempos em tempos?”

Dezembro chegou e com ele o clima de Natal e fim de ano, para combinar com esse mês festivo, nada melhor que um livro com tema de Natal como aqueles filminhos de cachorros reconfortantes que assistíamos na sessão da tarde.

“Henry, o Corgi da Rainha” nos trás duas visões em primeira pessoa, a de Amy Walker e de Henry.
Primeiramente conhecemos Henry e como ele enxerga a família que acaba de ser dividida, Jim, o pai da família Walker acaba de deixa-los para trás para viver a vida com sua secretária Bonnie, poucos dias antes do Natal. O pequeno corgi se vê encarregado de cuidar, proteger e levantar os ânimos do restante dos Walker com tudo que pode, já que a gatinha Sookie só pensa em dormir o tempo todo ao lado do aquecedor.

Com seu jeitinho canino, Henry obriga Amy a correr atrás dele todos os dias escapando pelo bairro, dorme com a filha mais nova, Claire e escuta as reclamações do filho mais velho, Jack, além de subir na mesa de jantar para comer as sobras.

Pela visão de Amy, vemos o quão irritante o pobre Henry está sendo, mais atrapalhando e incomodando do que ajudando. A mãe da família precisa lidar com o ex-marido que cancelou o passeio de Natal com os filhos para ir esquiar com a nova mulher, o alto índice de clientes na clínica que ela trabalha, o mau humor das crianças e ainda o mau comportamento de Henry (que piorara desde a saída de Jim).

Na tentativa de melhorar as coisas com as crianças, Amy decide leva-los a uma excursão em Londres para que pudessem ver a Rainha e seus corgis sair de viagem do Palácio de Buckingham. Na confusão do passeio e a animação, a matriarca esquece de prender a guia na coleira de Henry após um passeio no parque.

Para sair atrás de uma pomba gorducha, o cãozinho se afasta de seus donos, invadindo sem querer os jardins Palácio. Encontrado por um dos muitos criados, Henry é levado para dentro, onde passa a viver por engano no lugar de Monty, o novo corgi que a Rainha acolhera, o que os criados não sabiam era que o verdadeiro cachorro novo tinha ido em viagem com Ela.

A partir daí o livro se divide em Amy que continua dando seu melhor para lidar com todos os problemas agora acrescido do desaparecimento do amado cão da família e a falta que ele faz, seu ex marido e seus filhos ainda mais desanimados.

Enquanto isso, Henry conhece os Dorgis da Rainha, os criados, em especial Sarah e Oliver, seus únicos amigos humanos que consegue fazer por lá, as tigelas maravilhosas de ouro e os vários cômodos do Palácio, sem nunca esquecer, é claro, de pensar em meios de voltar para a casa.
O que me pegou no livro foram os problemas familiares dos Walkers, esse fim de ano foi “um saco” por aqui por conta de problemas familiares que eu mesma passei, mas para tudo se tem um jeito, no final.

Como mencionei, é um livro maravilhoso para essa época natalina, daqueles que aquecem o coração a cada capítulo, além de nos levar ao grandioso Palácio de Buckingham, mostrar sua rotina, os maravilhosos cães, os dorgis, que são mistura de dachshund com corgi (nunca tinha ouvido falar, que misturinha mais maravilhosa!), além das visões dos cachorros que, por serem cães reais, imagino que realmente pensem como descrito no livro haha, só aceitam carinhos da Rainha, não deixam que simples criados lhes ponham a mãe e são fiéis a Ela somente.

Deixo uma mensagem do livro, que apesar de estar falando sobre o Reino Unido, refletiu os acontecimentos de nosso dia-a-dia nesse 2018.

“Família nem sempre são pessoas que nascem em um mesmo núcleo. Nossas comunidades, nossas escolas, nossas igrejas, nossos negócios, todo o país: todos são uma espécie de família. Cada um nós pertence a mais famílias do que podemos contar, comunidades nas quais podemos confiar para nos apoiar e que devemos oferecer apoio em troca. Este ano tem sido desafiador para o país em muitos aspectos. Mas tenho sido encorajada a enxergar, mesmo nos tempos mais sombrios, uma grande esperança. Esperança pelo futuro e por nosso país, nas ações de indivíduos e comunidades. Nas ações de muitas famílias diferentes que compõem esta terra. Bondade e compaixão nos uniram quando tentaram nos separar.”


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