Quando Julie tinha 12 anos, sua irmã mais nova desapareceu e nunca mais foi encontrada. Uma perda que corroeu os laços familiares e deixou sua mãe obcecada pela busca da irmã.
Já adulta e com um prestigiado emprego, Julie conhece Monica, que a faz lembrar muito de sua irmã desaparecida há 17 anos. Elas se tornam melhores amigas, uma amizade que começa como um processo de cura para Julie.
No entanto, uma fatalidade abate a amizade e Julie se vê responsável pelo filho de Monica. Ela decide levar o menino para Biloxi, Mississippi, para encontrar a família que ele não conhecera.
A partir dessa viagem, Julie descobrirá segredos que estão ligados a sua família e seu passado…
Cenário: Nova Orleans- após a passagem do Katrina.
Protagonistas: Aimee e Julie
O que achei: O livro é uma mistura do passado de Aimee, uma senhora de mais de 70 anos, que viu sua neta Mônica ir embora e nunca soube dos motivos, e do presente de Julie, uma jovem que não consegue parar de procurar pela irmã desaparecida a 17 anos e que herda uma criança, quando sua melhor amiga, Mônica, morre. Aí começa os mistérios… como a vida de Aimee e Julie se misturam, como suas histórias se entrelaçam… e foi aí que a autora teve uma sacada de mestre. Ela não nos dá tudo de “mão beijada”, a história vai acontecendo aos poucos, quando você pensa que ela vai te dar uma informação relevante da história da Aimee, ela te empurra para conhecer mais um pedacinho da Julie e você se vê querendo mais… das duas. A devastidão que o Katrina trouxe também é um ponto forte do livro, a visão das duas protagonistas sobre um mesmo assunto nos faz pensar em quem está certa: Julie, que se pergunta porque recomeçar num lugar que pode ser destruido novamente em segundos ou Aimee que se perguntar porque não recomeçar num lugar que você ama e sempre vai ser seu lar? O entendimento desse sentimento de fincar raizes é uma coisa interessante de se ver acontecendo com a Julie. Bom, nem todos os mistérios são resolvidos no livro, não posso dizer que entendi a fuga da Mônica, não achei uma desculpa válida, mas quem ler vai entender o que estou falando. O livro vale a pena ser visto. A editora está de parabéns, a capa é linda, mas encontrei uns errinhos de digitação… ora um “o” faltando, ora sobrando… nada que atrapalhe, mas fica a observação.
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