“Não existe dor ou castigo maior do que a memória.”
Título Original: Cruel Crown
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Ano: 2015
Sinopse: Duas mulheres — uma vermelha e uma prateada — contam sua história e revelam seus segredos.
Em Canção da Rainha, você terá acesso ao diário da nobre prateada Coriane Jacos, que se torna a primeira esposa do rei Tiberias VI e dá à luz o príncipe herdeiro, Cal — tudo isso enquanto luta para sobreviver em meio às intrigas da corte.
Já em Cicatrizes de Aço, você terá uma visão de dentro da Guarda Escarlate a partir da perspectiva de Diana Farley, uma das líderes da rebelião vermelha, que tenta expandir o movimento para Norta — e acaba encontrando Mare Barrow pelo caminho.
Esta edição traz, ainda, um mapa de Norta e um trecho exclusivo de ‘Espada de Vidro, o aguardado segundo volume da série A Rainha Vermelha.
Vou em dividir pelos dois contos, pois são histórias completamente diferentes, ok?
“Não existe nada tão terrível quanto uma história não contada.”
Apesar de ter pego o e-book (ou seria e-conto?), ainda não o havia terminado de ler (me esqueci de que o tinha no tablet, confesso!). Entre os dois contos, este foi o que mais gostei.
Gostei de ter conhecido a rainha Coriane. Me pareceu muito com a Mare, que lutou contra o papel que lhe era dado. Como o filho, ela amava a mecânica e teve sua vontade cortada pelo pai. Afinal, o papel de uma jovem é se casar. E, de preferência, salvar a família da falência.
A trajetória dela como rainha é interessante, não me lembrava que o Tiberias poderia ser romântico. É até bonita a devoção que ele tem por Coriane (isso antes do casamento, pelo menos...) e como, como toda menina introvertida, acha impossível o rapaz se apaixonar por ela, alguém inferior em tantos aspectos.
E apesar de ter vivido cercada de pessoas, a solidão era sempre sua companhia. Solidão e a tristeza de ver todos seguindo seus caminhos, criando vidas... E ela fadada a viver com algum lorde que lhe quisesse (isso antes de Tibe, é claro), o qual ela não amaria e ficaria longe do irmão e da melhor amiga.
O conto relata também a ação de Elara contra Coriane, desde a juventude e como ela contribuiu para a paranoia da antiga rainha de Norta.
É um bom conto sobre as intrigas e a verdade por trás das teorias colocada no A Rainha Vermelha, acho muito válido para os fãs da série lerem talvez até antes de começar o primeiro livro da série.
“Como servos podem criar tamanha beleza e ainda serem considerados inferiores? Eles são capazes de fazer maravilhas diferente das nossas.”
Farley. Não vimos muito dela no primeiro livro e o que vi não me agradou muito. Apesar de ser uma personagem forte, com a liderança no sangue... Não sei. Peguei alguma antipatia por ela que não sei explicar!
O conto narra pouco sobre quem ela é, focando na missão que tem até encontrar Mare. É alguém teimosa que sempre se convenceu de que não precisa de ninguém, embora saiba que tudo não passa de uma armadura de vidro que ela precisa proteger. Uma soldado até o último fio de cabelo, embora faça coisas que às vezes mostra que ela poderia muito bem ser uma mercenária, também.
“Ninguém ousa dizer, mas é isso que os vermelhos são. Escravos e moribundos.”
A história conta como a revolução começou, sobre os outros grupos rebeldes (ou só mercenários mesmo) e como eles funcionam. É bom saber dessas partes estrategistas, pois muita coisa que ficou com ponto de interrogação no A Rainha Vermelha acaba sendo esclarecido. Mas acho legal ler esse conto só depois de ler esse primeiro livro, pois senão pode estragar a história para quem ainda não o leu.
O livro ainda conta com uma prévia do Espada de Vidro, que quando eu cheguei nela , fiquei: leio ou não leio? Leio ou não leio? Waaaaa!!!
E li. Mas não vou falar sobre o que li, só depois quando tiver lido ele todo. Mas só digo uma coisa: tá muito bom, viu!!!
Também temos um mapa de Norta, que é bom para acompanhar as movimentações durante a leitura.
Enfim, tá aí as dicas para quem quiser começar a série (o que recomendo demais, é muito boa!!!), esse livro é essencial!