"Uma alucinante corrida contra o tempo, em que três heróis improváveis tentam impedir um assassino de acabar com milhares de vidas"
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Ano: 2016
Sinopse: Ainda é madrugada e, em uma falida cidade do Meio-Oeste, centenas de pessoas fazem fila em uma feira de empregos, desesperadas para conseguir trabalho. De repente, um único carro surge, avançando para a multidão. Encoberto pela neblina até que seja tarde demais para escapar, um Mercedes atropela vários inocentes, antes de recuar e fazer outra investida. Oito pessoas são mortas e várias ficam feridas. O assassino escapa.
Meses depois, o detetive Bill Hodges ainda é atormentado pelo fracasso na resolução do caso e passa os dias em frente à TV, contemplando a ideia de se matar. Ao receber uma carta de alguém que se autodenomina Assassino do Mercedes, Hodges desperta da aposentadoria deprimida, decidido a encontrar o culpado.
Brady Hartsfield mora com a mãe alcoólatra na casa em que nasceu; ele adorou cada segundo da sensação da morte sob o volante do Mercedes, e quer mais. Agora apenas Hodges e seus excêntricos aliados podem capturá-lo antes que ele ataque de novo.
Mr. Mercedes narra uma guerra entre o bem e o mal, e o mergulho de Stephen King na mente obsessiva e psicótica desse assassino é tão arrepiante quanto inesquecível.
Resenha:

Fazia tempo que eu tinha esse interesse, mas sem saber por onde começar, visto que ele já lançou mais de 50 livros, alguns que inclusive receberam diversos prêmios. Quando fiquei sabendo do lançamento do Mr. Mercedes, já corri para garantir que eu pudesse ler e resenhar a mais nova obra do escritor.
Agora, o que posso dizer sobre o livro?
Mr. Mercedes é o primeiro livro de uma trilogia, intitulada “Trilogia Bill Hodges”, sugerindo que todas as histórias irão se pautar no detetive protagonista. O autor, conhecido por escrever livros de terror, se aventura em uma história policial, com muito suspense e várias viagens dentro da mente dos personagens.
Desde o começo do livro, o leitor já conhece a identidade, as características psicológicas, a história e o cotidiano do assassino que mexe com a cabeça do detetive aposentado, Bill Hodges. A história se desenrola para que ele consiga descobrir quem é esse assassino que o perturba, intercalando entre tudo o que eles estão pensando e o que esperam das atitudes do outro.
Tudo começa quando Brady Hartsfield, o Assassino do Mercedes, envia uma carta para um Bill Hodges deprimido e com pensamentos suicidas. (E que carta...).
“Ainda revivo os ruídos daquele dia, o som dos ossos sendo esmagados e a forma como o carro sacudiu nos amortecedores quando passou por cima dos corpos."
Claramente, Brady é um sujeito extremamente perturbado, que conta como se sentiu ao roubar o Mercedes da Sra. Olivia Trelawney para atropelar dezenas de pessoas em uma fila de emprego. Ele também relata não sentir necessidade de matar novamente (aham, tá ¬¬), e faz com que Bill se sinta o cara mais fracassado do mundo por ter se aposentado sem solucionar esse caso de seis meses atrás.
Quando decide investigar (por conta própria), Bill chega à irmã de Olivia, Janelle. Olivia havia cometido suicídio, pois se sentia culpada, já que todos acreditavam que ela havia esquecido o carro aberto e com a chave dentro, facilitando o trabalho do assassino. Janelle revela que Olivia também recebeu uma carta de Brady, bastante diferente da recebida por Bill, demonstrando arrependimento, tentando se fazer de vítima. Tudo leva a crer que os dois passaram a se comunicar (através do site de relacionamentos Under Debbie's Blue Umbrella) e que essas conversas serviram como gatilho para o suicídio de Olivia.
Hodges conta com a ajuda de seu vizinho Jerome, de 17 anos, com quem cultivou uma amizade desde que ele começou a cortar sua grama. Depois, Holly, prima de Olivia e Janelle, também passa a ajudá-los na investigação. Apesar de ser um tanto quanto excêntrica para uma mulher de sua idade, ela era muito inteligente e, como Jerome, entendia bastante sobre computadores.
A partir daí, segue uma busca desenfreada pelo assassino, que tem um relacionamento disfuncional com sua mãe, traumas de infância, e tem todos os motivos do mundo para apresentar comportamentos extremamente bizarros, que ele era capaz de disfarçar em seus dois empregos, consertando computadores e dirigindo um caminhão de sorvetes. Mas durante os diálogos de Brady com qualquer pessoa, o autor faz questão de revelar seus pensamentos, que normalmente destoam da forma como está agindo.
“Brady aceita que é doente mental, é claro que é, pessoas normais não jogam um carro em cima de uma multidão de gente nem pensam em matar o presidente dos Estados Unidos em um ataque suicida. Pessoas normais não matam o irmão mais novo. Homens normais não param na frente do quarto da mãe se perguntando se ela está nua.
Mas homens anormais não gostam que outras pessoas saibam que eles são anormais.”
Li algumas críticas negativas a respeito desse livro e do autor, pois seus leitores estão acostumados com histórias de terror e etc. Masssss... Eu adoro policiais, portanto sou suspeita ao dizer que adoreeei o livro, adorei a história, adorei a forma como o Sr. King representou a mente psicopata e pervertida do assassino, adorei a forma como ele escreve e estou ansiosa pelo segundo volume da trilogia, que já está quase chegando aqui no Brasil!! É um livro altamente recomendável, de acordo com os meus critérios... J Quem já leu?? Comentem aquiii! o/