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Channel: As meninas que leem livros
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{Resenha} Cartas de Amor aos Mortos

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Título Original: Love Letters to the Dead
Autora: Ava Dellaira
Editora: Seguinte
Sinopse: Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.
Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.


“Quando olho para Sky lembro que o ar não é apenas algo que existe, mas que se respira.”


Cartas de Amor aos Mortos é, de longe, um dos meus livros preferidos. Comprei o meu na Bienal de 2014 (e o emprestei para uma pessoa, na época não fazia resenhas ainda... E já desisti de tê-lo de volta) e lembro que ele era um de meus livros-objetivo de conquista da Bienal. 

Lê-lo me deu muita nostalgia e tê-lo em minhas mãos novamente, completando a minha estante... Foi magnífico! Para mim é um livro muito emocional e até encontrei uma postagem minha de 2014 sobre ele:

“Sabe quando você começa a ler um livro e só pára quando termina? E aí você não quer mais largar dele? Então. Sou eu com Cartas de Amor aos Mortos, de Ava Dellaira. É um livro que eu gostaria de dar para todo mundo ler... Para que todos pudessem ter sentimentos também, como eu tive =3”

E, por conta disso, o recomendo para todo mundo. Faz parte daqueles livros que todos precisam ler em algum momento de suas vidas (isso dá um tema de post legal, né? Vamos ver...), pois pega partes pequenas, pequenos detalhes da vida de Laurel que ela transcreve com muita emoção em forma de cartas para pessoas cujas vidas se encerraram cedo demais (Kurt Cobain, Janis Joplis, Amy Winehouse e Judy Garland por exemplo), transformando-as em um diário equivalente a um ano de sua vida.

Ela escreve porque precisa de alguém para conversar. Precisa de alguém que possa lhe ouvir a
respeito de sua vida, uma vez que não é muito sociável. Come sozinha na hora do almoço, senta-se sozinha e observa o mundo ao seu redor... E fala em suas cartas sobre o que vê.

“É mentira que a dor aproxima as pessoas”

Acabou de chegar nessa escola onde não conhece ninguém. E gosta disso, não gosta de contar da onde veio, quem é, quem são seus pais, sua irmã ou sua família. Quer deixar tudo isso para lá e começar sua vida do zero. Só que não é muito boa nisso. E suas roupas não são exatamente dela, mas sim de sua irmã, May. Suas músicas são do gosto da May. Suas mais doces memórias são com ela... 

Ela escreve sobre May para essas pessoas, como a irmã se sentia depois de ver um filme (Conta Comigo) e descobrir que River Phoenix estava morto e descobrir o que pode acontecer com a inocência. Apoia-se na irmã em busca de coragem, enquanto lembra-se de Amelia Earhart e seus feitos. E, aos poucos, encontra seu caminho no ensino médio.

“Somos todos estranhos de um jeito diferente e isso é normal.”

As pessoas as quais ela acaba se cercando são deliciosamente estranhas e diferentes a seu próprio modo. Hannah, Natalie, Kriten, Tristan e Sky. É interessante sentir as impressões e desejos de Laurel conforme eles vão se conhecendo e o carinho o qual ela tem pelos mesmos é tocante, ainda mais por ela não ser diretamente participativa, mas sim observadora. Isso nos permite conhecer cada um deles e como ela se sente em relação a eles. Com isso, acabamos nos sentindo como a própria Laurel no decorrer da história.

Vamos descobrindo aos poucos também sobre seu luto e sua culpa e a angústia existente nesses fatos é tão grande que você sente a dor dela. É um livro dolorido...

Me identifiquei de certo modo com a leitura e acabei me afeiçoando à estória contada. Existem muitas pessoas por aí como as personagens, com vidas parecidas. É extremamente empático.

A leitura está mais que recomendada. Temos muito a aprender com a jovem sapiência de Laurel e seus amigos. Todos nós já fomos (ou somos) jovens.

A autora está no Brasil \o/ Junto com a Jennifer Niven! Estão viajando pelo país e encontrando leitores em algumas livrarias. Nossa resenhista Crislane Barbosa teve a honra de conhecer as duas autoras no evento realizado no dia 31 de agosto em Fortaleza e tirou muitas fotos tietando!


Crislane e Ava Dellaira
Crislane e Jennifer Niven


Hoje tem o último encontro e acontecerá em Recife!!!
Link do evento: https://www.facebook.com/events/1214527665238136/



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