Autor: Chris Weitz
Editora: Seguinte
Ano: 2016
Sinopse: O grupo de Jefferson e Donna está de volta a Nova York, e os planos para distribuir a Cura a todos os adolescentes da ilha não ocorreram como o planejado. Depois de encarar a traição da Resistência, Donna guia a Reconstrução pela ilha, enquanto os meninos, Kath e os gêmeos fogem com a bola de futebol, um aparelho de transmissão que possibilita o lançamento instantâneo de mísseis nucleares em direção a países que costumavam ser inimigos do governo norte-americano antes da Doença. Mas o grupo está sem os códigos de ativação do aparelho, que ficaram com os novos parceiros da Resistência: a tribo da Uptown. Dessa forma, os amigos vão precisar colaborar com os ingleses da Reconstrução para garantir que o mundo não acabe em uma explosão de mísseis nucleares.
Quando abri o Word para escrever a resenha, fiquei sem saber o que dizer. É tão triste quando chegamos ao fim de uma trilogia/série. Um sentimento de abandono me abateu. Acabou... Mas vamos lá!
Esse livro pode conter spoilers dos livros anteriores. Para entender melhor a história resenhas de Mundo Novo(aqui) e Nova Ordem(aqui).
O final de Nova Ordem termina em caos. Os planos de Jefferson em unir as tribos, formadas depois do Ocorrido da Doença, acaba em muito sangue e morte. Depois que todos descobriram que os adultos estão vivos e sem a Doença fora do cerco dos EUA, o pandemônio se instalou na reunião.
A edição está no mesmo estilo que os livros anteriores. Capa soft touch(aveludada) que me deixa agoniada de tocar, folhas amareladas e maleáveis. Seguindo a mesma linha de Nova Ordem, cada capítulo é narrado em primeira pessoa por um personagem diferente, nos dando assim uma visão ampliada dos acontecimentos. A fonte das letras muda para cada personagem como se fosse uma característica única de cada um.
Quando li Mundo Novo, primeiro livro da trilogia, a sensação foi prazerosa. Estava lendo sobre um bando de adolescentes tentando sobreviver sozinhos por dois longos anos onde uma pequena decisão muda tudo no mundo novo que eles construíram, no entanto, a partir do segundo livro, Nova Ordem, a história foi se modificando e ganhando mais corpo.
Apesar disso, os personagens não decepcionavam em seguir até o fim com os planos de evitarem a destruição do mundo. Essa determinação é o que mais segura o livro. Os personagens são jovens e determinados a enfrentar tudo, nem que tenham que morrer por isso. A força de vontade é tudo.
A série Mundo Novo foi a primeira aventura literária de Chris Weitz, que também é roteirista e diretor de cinema. O autor não poderia começar melhor, apesar de pequenos contratempos como já citei. Chris Weitz consegue nos prender nos dilemas de cada personagem e nos faz conseguir diferenciar cada um deles, mesmo se não tivesse as fontes diferentes. Alguns são mais agressivos e outros mais nervosos em suas falas.