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{Resenha} O Lago das Sanguessugas - Desventuras em Série - Livro Terceiro

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Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Ano: 2016
Sinopse: Caro leitor,
Se você ainda não leu nada sobre os órfãos Baudelaire, é preciso que antes mesmo de começar a primeira frase deste livro que fique sabendo o seguinte: Violet, Klaus e Sunny são legais e superinteligentes, mas a vida deles, lamento dizer, está repleta de má sorte e infelicidade. Todas as histórias sobre essas três crianças são uma tristeza e uma verdadeira desgraça, e a que você tem nas mãos talvez seja a pior de todas.Se você não tem estômago para engolir uma história que inclui um furacão, uma invenção para sinalizar pedidos de socorro, sanguessugas famintas, caldo frio de pepinos, um horrendo vilão e uma boneca chamada Perfeita Fortuna, é provável que se desespere ao ler este livro.Continuarei a registrar essas histórias trágicas, pois é o que sei fazer. Cabe a você, no entanto, decidir se verdadeiramente será capaz de suportar essa história de horrores.Respeitosamente,Lemony Snicket.


Resenha:
E as tragédias na vida dos irmãos Baudelaire continuam... Acredito que a maior motivação para continuarmos lendo essa série, é a esperança de que os irmãos um dia tenham uma vida feliz, algo que o autor nos alerta constantemente que não vai acontecer.

O livro começa com os irmãos sentados em suas malas no Cais de Dâmocles, após saltar da barca que os levara através do Lago Lacrimoso para irem morar com a tia Josephine, que na verdade era cunhada de uma prima em segundo grau das crianças, e havia acabado de perder o marido.

A casa de tia Josephine ficava no cume de um morro, com algumas partes se prendendo apenas por estruturas metálicas, como patas de aranhas. Ela parecia ser uma pessoa boa, que cuidaria bem deles, não fosse seu medo irracional de praticamente tudo! Além disso, ela tinha verdadeira paixão pela gramática, e fazia questão de corrigi-los o tempo todo.

E como alguém fascinada por gramática, tia Josephine tinha uma biblioteca em sua casa, em formato oval e com uma parede de vidro com uma vista espetacular do Lago Lacrimoso.

Mas, como sempre, alguém apareceria para atrapalhar a nova vida dos irmãos Baudelaire. E o Conde Olaf estava preparando mais um plano para se apoderar de sua fortuna. Ele se disfarçou de Capitão Sham, e se aproximou de tia Josephine para tentar chegar até os órfãos. Mas é claro que eles o reconheceram.

“Quando o disfarce de alguém não é muito bom, pode-se descrevê-lo como um disfarce transparente. Isso não quer dizer que a pessoa esteja usando material (vidro, plástico) transparente. Significa apenas que os outros conseguem ver através do disfarce – ou seja, o disfarce não os engana nem sequer por um instante. Violet não se deixou enganar nem mesmo por um segundo ao erguer os olhos para o homem em quem esbarrara. Ela percebeu na mesma hora que era o Conde Olaf.”

E então mais uma desventura acontece na vida dos Baudelaire, e tia Josephine se suicida, deixando um bilhete cheio de erros de português, algo muito estranho para alguém tão viciada em gramática... Mas claro que as crianças perceberam e decifraram as pistas deixadas pela tia sobre o mistério de seu desaparecimento.

O bilhete dizia que elas deveriam ser adotadas pelo Capitão Sham, e os irmãos tiveram que correr para decifrá-lo e escapar das mãos de Conde Olaf.

“Chovia forte, o vento uivava, e uma pequena onda se esparramou sobre um dos flancos, mas, para a surpresa dos órfãos, o barco seguia na direção exata em que eles queriam ir. Se vocês topassem com os três Baudelaire nesse instante, pensariam que a vida deles era pura alegria e felicidade, porque, mesmo estando exaustos e encharcados, e correndo um perigo muito grande, começaram a rir por estar dando tudo certo. Era um tal alívio constatar que finalmente alguma coisa tinha dado certo, que eles riram como se estivessem no circo, e não no meio de um lago, no meio de um furacão, no meio da maior encrenca.”

Porém, nem tudo é tão fácil quanto parece e mais uma vez os Baudelaire tiveram que passar por maus bocados até desmascarar o Conde Olaf e fazer o Sr. Poe acreditar neles. Ainda mais porque o Capitão Sham usava uma perna de pau, na mesma perna em que Conde Olaf tinha a tatuagem do olho que sempre o identificava.

Tanto o livro quanto os episódios da série da Netflix não me prenderam tanto quanto os outros. Achei meio chatos, não sei se também pelo fato dos medos absurdos da tia Josephine (que ficaram mais chatos ainda na série), mas até agora para mim, essa foi a pior parte das desventuras dos órfãos.


Espero que daqui para frente as histórias melhorem, e o destino das crianças também.

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