Olha, gosto de séries históricas! Sempre fico rodando o Netflix quando quero descansar um pouco e acabo escolhendo algo nesse estilo. Foi desse modo que acabei encontrando a série The Rebellion!
Não é segredo também que gosto de séries com protagonistas fortes. Na verdade, tudo com protagonistas femininas fortes me agrada e me atrai, então quando vi a sinopse e as moças, já dei play!
Sinopse: "Enquanto um grupo nacionalista irlandês busca tirar o país do domínio da Bretanha, as amigas May, Frances e Elizabeth seguem caminhos distintos fazendo sua parte."
São apenas 5 episódios, lançados na Netflix do Brasil em 2016, mas teve sua estréia mesmo em 2015. No primeiro episódio somos apresentados as amigas May, Frances e Elizabeth que faziam juntas divertidas apresentações. Porém, já percebemos que há uma pequena tensão no ar... Ainda mais por que tudo acontece no mesmo período da Primeira Guerra Mundial.
A série conta um acontecimento histórico na Irlanda, A Revolta da Páscoa sob o ponto de vista feminino. Essa revolta aconteceu durante a Semana Santa, em 1916, em uma tentativa por parte dos militantes irlandeses para ganhar a independência em relação ao Reino Unido.
As três amigas vivem em mundos completamente diferentes, cujas vidas são afetadas pelo Sinn Féin, os militantes irlandeses, de modos diferentes.
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May |
Sua participação na Revolta da Páscoa, no entanto, é bem importante. Uma vez que ela trabalha no castelo inglês e possui a confiança de um dos principais agentes, conseguir informações é fácil. Difícil é convencê-la a participar, uma vez que jurou lealdade à bandeira britânica e tem na Inglaterra a chance de estar com quem ama.
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Frances |
Frances é a moça que está mais envolvida na Revolta. Está bem próxima do advogado que está à frente do ato, Patrick Pearse, bem como próxima da escola de meninos onde ele leciona e ela, aparentemente, também. Está dentro dos atuantes, quer buscar seu lugar em meio à eles. Só que, por ser mulher, mesmo que a revolta aceite ambos os sexos, ela se vê diante do preconceito e precisa agir por si mesma, provando seu valor. E seus alunos a veem como líder, o que facilita bem. Não fique diante dela se ela está com uma arma!
Ela não exita em utilizar o preconceito que os homens tem, a seu favor. O que a torna bem útil no campo de batalha que se formou em Dublin. Ela é decidida e não tem medo... E quando os homens recuam, é ela quem avança. Ela não admite fraquezas e está decidida a firmar a República da Irlanda junto de seus patriotas! Ela e May moram juntas, mas as duas tem visões completamente diferentes da vida e do futuro que desejam para si.
Elizabeth é a mulher que está para se casar com um oficial irlandês, que luta pela Inglaterra. Ambos possuem fortuna, o que faz com que a família da jovem não entenda sua obsessão com o socialismo, uma vez que seu estilo de vida estaria destruído. Sua mãe não é ninguém menos que Catelyn Stark!!! Huahuahuah! Sua mãe parece entender as razões da filha para lutar por uma Irlanda mais justa, mas ainda deseja que a filha encontre a felicidade no casamento e que esteja segura. Só que ela não sabe que Elizabeth está apaixonada por alguém além da causa... Ela terá que tomar uma decisão no fim do caminho... Está estudando medicina, o que torna sua presença imprescindível para a Revolta.
A série dá a entender que, embora homens tenham tomado parte na Revolta... As mulheres e seu trabalho em campo ou na surdina são quem dominam. Como disse, o protagonismo é forte e não só dentro do ato. Gracie Mahon, por exemplo... É esposa de um soldado irlandês que começa a ter segundos pensamentos sobre o seu trabalho. É ela quem o mantém firme, quem está ali para cuidar dele e da família. É ela quem luta todos os dias para que ele tenha pelo que voltar para a casa no final.
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Gracie Mahon |

Acredito que apenas cinco episódios não fazem jus a tudo o que aconteceu na semana em que Dublin lutou por sua independência. Que se levantaram contra um governo abusador e desgualitário em busca de um futuro para si e suas crianças... Acredito que é algo para assistirmos e refletirmos até o momento em que nosso país está e o que estamos fazendo para melhorá-lo... Ou destruí-lo. E mais: também qual é nosso papel na sociedade e não concordar com injustiças. Até o clero não tomou parte na rebelião e vimos que nem todos eles concordaram com aquela atitude. Embora religião não deva estar envolvida com questões políticas, eles devem auxiliar aqueles que são atingidos pela fome, dor... E não prezar pelos bens da igreja. Bah!
A mensagem da série e dessas mulheres é maravilhosa. Assistam! Tem os cinco episódios na Netflix! Corre antes que tirem de lá, huahuhaua!