Autor: Chas Newkey-Burden
Editora: Leya
Ano: 2011
Sinopse: A voz emocionante, os hits cativantes e a personalidade sensível de Adele já lhe renderam prêmios e grande popularidade. Ela quebrou um recorde de 21 anos quando seu segundo álbum, 21, permaneceu no primeiro lugar das paradas britânicas por 15 semanas consecutivas. Um sucesso enorme, Adele tem dominado as paradas em 18 países.
Mas quem é ela? Existe, de fato, a suposta vida turbulenta que tanto inspira suas músicas tristes? Como ela superou os desafios que ameaçaram acabar com a sua carreira? Este emocionante livro narra a história da cantora, desde a sua infância em Londres, onde começou a cantar aos quatro anos de idade, até os nossos dias, em que Adele tornou-se ícone da música mundial. Desvende os segredos dessa talentosa cantora e – embora seja quase impossível – a admire ainda mais.
Resenha:
Não dá pra negar que Adele é um fenômeno da música internacional nos últimos anos. Ainda assim, sou suspeita pra falar, porque sou super fã e acho que ela é uma cantora completa, pois além de linda e com uma voz que faz todos arrepiarem, ela parece ser uma pessoa simples, que agrada a todos com sua simpatia e carisma. Além disso, quem não se identifica com suas letras né? Acho que todo mundo já passou por alguma decepção do “nível Adele” na vida.
Adele Laurie Blue Adkins nasceu em 05 de maio de 1988, em Londres. Sua mãe, Penny Adkins, tinha 18 anos quando deu à luz. Ela e o pai de Adele, Mark Evans, se separaram quando a filha tinha apenas três anos, o que os afastou e não permitiu que tivessem um relacionamento muito próximo. Cresceu com o novo parceiro de Penny e um meio-irmão chamado Cameron, alguém com quem tem uma identificação muito forte.
Quando tinha apenas 3 anos, Penny levou a filha para seu primeiro show, do The Cure. Futuramente, em seu segundo disco, Adele gravaria um cover de “Lovesong”, da banda.
“Eu me lembro de ter percebido que a música unia as pessoas, e eu adorava essa sensação e encontrava muito conforto nisso. Um sentimento de euforia.”
Na adolescência, Adele era fã de Spice Girls, Pussycat Dolls e Britney Spears. (E qual garota nascida no final dos anos 80 não era né?) Além de ouvir essas cantoras, Adele tentava imitá-las. (Mas diferente de nós, simples mortais, ela cantava de verdade.)
Adele abriu a mente quanto aos gostos musicais, que passaram a englobar R&B e bandas de rock, como Aerosmith. (Será que só eu viajei ao ler essa parte do livro, imaginando um cover do Aerosmith, ou uma parceria com Steven Tyler? *resenha da biografia dele em breve por aqui*).
“Eu tinha 13 ou 14 e tentava ser bacana, mas eu não era muito bacana na época, pois fingia gostar de Slipknot, Korn e Papa Roach. Então, lá estava eu, com minha coleira de cachorro e calça larga, e vi um CD na sessão de ofertas. Comprei o CD porque queria mostrar o cabelo da foto para a minha cabeleireira, para que ela fizesse a mesma coisa em mim.”
O CD mencionado era um com os maiores sucessos de Etta James, e Adele relata que quando ouviu a música “Fool That I Am” pela primeira vez, tudo mudou para ela, e a partir de então quis ser cantora.
Adele então foi estudar na BRIT School, um ambiente que alimentava seu talento criativo todos os dias. Por essa escola também passaram outros artistas famosos, como Leona Lewis e Amy Winehouse, entre outros.
Ainda enquanto estudava lá, Adele gravou duas demos e as divulgou na internet, em um site equivalente ao MySpace do Reino Unido. Depois disso, Adele começou a ser procurada pelas gravadoras, e foi contratada aos 18 anos pela XL Recordings, após divulgar a música Hometown Glory no MySpace, escrita quando ela tinha apenas 16 anos.
Seus dois primeiros discos falam sobre rompimentos dolorosos. Adele pensava ser a única pessoa a viver situações deste tipo, até que descobriu através de sua música, que milhões de pessoas se identificavam com suas letras e compartilhavam dos mesmos sentimentos.
Adele recebeu várias críticas positivas e negativas em seus dois álbuns, porém é quase unânime a opinião sobre o amadurecimento da cantora entre os dois. Ela acredita que o relacionamento com um homem mais velho (aquele das músicas do disco 21, sobre quem eu até queria mais detalhes, mas que ela evita expor muito) tenha feito ela amadurecer bastante, mesmo sendo tão jovem. Enquanto nas letras de 19 ela sofre como uma adolescente, nas letras de 21 ela oscila entre dúvidas quanto a desistir ou dar uma segunda chance ao cara, ou seguir em frente e desejar o melhor a ele.
Outra coisa revelada no livro é que Adele não gosta de fazer turnês. Primeiro, porque não gosta de ficar muito tempo longe da família, dos amigos e de sua casa. Segundo, porque tem muitos ataques de ansiedade (quê???). Talvez isso explique o porquê da diva nunca ter dado as caras por aqui né?
Em 2011, Adele teve uma laringite que a impediu de cantar ou até mesmo falar por algum tempo. Ela teve medo de perder a voz para sempre. Mas após o tratamento, ela pôde voltar a fazer o que mais gosta sem maiores problemas.

O que achei interessante é que, conforme fui lendo o livro e o autor falava sobre cada música, dava uma vontade enorme de ouvi-las e tive um sentimento completamente diferente após saber qual a história por trás delas. Grande parte do livro eu li com a trilha sonora da Adele ao fundo.
Relendo a sinopse, comecei a pensar que conhecer melhor a história de Adele me fez admirá-la ainda mais, pela humildade, pelo carisma e por nunca deixar de ser quem ela é ou deixar-se levar pela fama e pelo dinheiro.
Fica a dica também do novo álbum dela, que saiu em 2015, e se chama 25. A música “Hello” já estourou por aí...